O QUE É O SEPARATISMO?
Bem, para um post pretensamente separatista, precisamos começar justamente pela conceituação:
"De um modo geral as pessoas não se interessam por assuntos políticos, ou por que não são instruídas para isso desde a escola, ou porque os apelos diferenciados da mídia e do agitado mundo atual, as desestimula. No entanto quando os reflexos das atividades políticas as atingem, seja na carestia de vida, seja na falta de oportunidades de trabalho, seja na falta habitacional, etc., reclamam daqueles que por ela decidem, reclamam dos governantes, olham e vêem somente a imagem superficial dos “bodes expiatórios” de ocasião. A tendência do povo, no atual estágio de escolaridade e conhecimento, é quase sempre tomar uma medida superficial, paliativa, sem perceber o sistema básico gerador daquelas vicissitudes. Não basta não elegermos, numa próxima eleição, este ou aquele elemento que se considera mau representante, da mesma forma que não adianta matarmos uma ou outra formiga que está cortando nossa roseira. Precisamos ir mais fundo, procurar pelos métodos e os sistemas que favorecem o aparecimento e a criação de pessoas e atitudes que geram nossa insatisfação... e isso é “política”.
Com este sentido político reapresentamos, para esta geração, a proposta separatista que, aqui no Rio Grande, remonta a alguns anos antes da Guerra dos Farrapos. Tal proposta, reformada conforme nossas condições e entendimentos atuais, é a única que abre uma possibilidade real de revermos nossos conceitos e nossas idéias básicas sobre as organizações governativas que regem nossa vida social.
Em outras palavras. Ano após ano trocamos os governantes, os representantes na Assembléia, e ano após ano com eles nos decepcionamos. Que tal procurarmos mais fundo, dentro do sistema político-partidário, dentro do sistema administrativo e até do judiciário, o por quê desta situação sufocante? Que tal analisarmos, com conseqüência, as demais formas de governo, o parlamentarismo, o socialismo, a anarquia? Que tal termos esta chance, valiosa por natureza, de repensar as questões fundamentais de representatividade, de distribuição de poderes, ou mesmo de um sistema governativo todo próprio, único, e totalmente adaptado ao nosso povo gaúcho? Sim. Não temos necessariamente que copiar os sistemas, as Constituições de outros países (Estas, com certeza, foram feitas sob medida para eles!). Conforme Montesquieu "as leis devem ser de tal forma apropriadas ao povo para o qual hajam sido feitas que, só mesmo por mera casualidade as de uma nação podem convir a outra nação". Portanto não só podemos, como devemos, (e este é o nosso verdadeiro ideal), pensar, estudar, elaborar e redigir nossa própria Constituição, exclusiva e moldada ao nosso pensamento e cultura gaúchos.
O Separatismo nos abre tal perspectiva!
A sociedade gaúcha já está estabelecida a tempos, moldada sob o signo de nossa terra e nossa história. Temos nossa cultura, nossas tradições tão típicas e tão diferentes das demais no Brasil, só nos falta sermos conduzidos por um governo por nós constituído, por um ideal por nós elaborado, por uma Constituição que traduza nosso entendimento e nosso modo tão próprio de buscar os objetivos.
O separatismo nos mostra que, não só podemos, mas temos pleno direito de exercer nossa soberania.
Para começarmos a entender como isso tudo funciona, precisamos formalizar os conceitos, ou seja, dar um sentido próprio para palavras ou expressões que serão bastante utilizadas quando se fala neste assunto. É quase um “separatês”, procurando definir para não confundir.
Nós, o povo gaúcho, exercendo uma cultura própria, possuindo um ethos próprio, um padrão cultural, formamos uma nação, uma verdadeira etnia. Reivindicamos assim o direito internacional de Autodeterminação dos povos para constituirmos um Estado independente, um povo soberano, com governo próprio, que não é nada mais que a nossa própria pátria gaúcha.
Sendo assim o separatismo Gaúcho propugna pelo rompimento dos laços federativos do Rio Grande com o Brasil e a constituição de um Estado independente, ou a reconstituição do Estado independente criado pelos Farrapos com o nome de República Rio-Grandense. Seguindo o mesmo pensamento farrapo, o separatismo gaúcho atual também propugna pela autonomia irrestrita dos demais povos do Brasil, considerando a possibilidade de criar, com estes, uma Confederação Brasileira.
Para isso contamos com as determinações, pactos e convênios mediados pela ONU e assinados pelo Brasil, por princípios e doutrinas fundamentais do pensamento humano e com a vontade do povo gaúcho de ser livre. - Romualdo Negreiros"
Ela está no meu site
http://www.riograndelivre.net/separabertura1.htm
... no tópico "Princípios".
Sds
O Separatista
04 agosto 2006
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