05 fevereiro 2009

Princípios de uma Separatista Gaúcha convicta!

Tenho acompanhado vários posts e debates no Orkut relativos ao separatismo. Um debate, porém, me chamou especial atenção na comunidade "Rio Grande do Sul Independente", no tópico "Movimento Pampa Livre tem Nova Bandeira", entre uma moça nascida em São Paulo, mas Gaúcha de alma e coração, Fabiper, e um rapaz nascido no Rio Grande do Sul, mas infelizmente de sentimento brasileiro, Jorge R.
O estranho foi que uma "paulista" defendendo o direito do gaúcho de se autodeterminar-se, e um gaúcho negando-nos este direito e defendendo nossa submissão ao Governo Centralista do Brasil! Um contra-senso.
Como curiosidade, mas também para destacar as palavras fortes de Fabiper, fiz um apanhado geral dos conceitos emitidos por ela neste debate, com os quais nós do RSLivre concordamos e apoiamos (E todo gaúcho consciente deveria fazê-lo).
Fabi nos deu uma verdadeira aula de conhecimento sobre o Rio Grande (mais do que muito gaúcho que usa bombachas e chapéu de abas largas!) e mostrou muita coerência nos seus pontos de vista sobre os Princípios separatistas:

Legislação:

- O Rio Grande é uma Colônia obedecendo ordens do Brasil, contrárias à sua opinião, vontade e cultura. Isto é agressão à Democracia. É um escravo das leis brasileiras que premiam bandidos, e que não pode aplicar leis e viver conforme sua própria Cultura.

- Desvinculado do Brasil, o próprio povo gaúcho é quem irá decidir sobre sua própria terra. Princípio básico da Democracia.

- Tendo suas próprias leis, poderia não admitir, e tomar atitudes contra vandalismos do MST, por exemplo.

- O povo gaúcho não tem que ser governado por ordens impostas, externas de um outro lugar.


Cultura:

- Uma Nação é um grupo de indivíduos com um vínculo cultural, que se sente um agrupamento e que por isso quer viver coletivamente, com interesses peculiares. Portanto, o Brasil é ilegítimo!

- O gaúcho tem um hino lindo, e se emociona ao cantá-lo. Tem costumes próprios e valores completamente diferentes do brasileiro.

- O povo gaúcho tem Cultura diferente do Brasil, por isso tem direito a se auto-administrar.

- O nível educacional e cultural do povo gaúcho é diferente do brasileiro.

- A mente e alma do povo gaúcho é diferente da do brasileiro, valores, sentimentos. E assim o Rio Grande é oprimido pela Cultura da malandragem.

- O povo gaúcho não quer saber que escola de samba ganhou o Carnaval, nem que bloco de frevo vai sair atrás do trio elétrico, embora respeite estas Culturas.

- Acima de qualquer fator, o que importa é o sentimento como Nação, de querer viver coletivamente, tendo interesses peculiares.


Cultura brasileira:

- Brasileiro não sabe admitir pensamentos diferentes do dele, e diante disto, ataca o expositor com papinho de 'xenófobo', 'racista', blábláblá, pelo fato de não se enquadrar na opinião dele.

- A mentalidade brasileira é atrasada, e faz ameaças truculentas contra quem se expressa fora do padrão.

- O Brasil impõe, agride e não respeita Culturas que ele determinou serem fora do padrão.

- O Brasil escarnece do povo gaúcho, porém range os dentes se se diz algumas verdades sobre gente de outras regiões.




Economia:

- O Rio Grande não recebe absolutamente NADA gratuitamente do Brasil, por isso existe plena viabilidade econômica para a Independência. E que desvinculado, sem carregar pesos do Brasil, terá um Desenvolvimento Humano muito superior.

- Sem ser controlado por um governo distante e central, poderia pagar melhores salários a professores, policiais, e demais trabalhadores.

- O estado paga com dificuldades suas escolas, porque foi levado pelo ladrão boa parte do que lhe pertence.

- Mesmo com oscilações de boas ou más administrações estaduais, far-se-ia mais com mais dinheiro em caixa, que foi levado para o Carnaval do Pelourinho.

- Se o Brasil não mais tomar os bens gaúchos, matematicamente é óbvio que vai sobrar mais dinheiro em caixa.

- Resultado, o estado não tem dinheiro porque o Brasil lhe tomou.

- O Brasil, após tomar esse oceano de dinheiro do povo gaúcho, EMPRESTA para o Rio Grande o seu próprio dinheiro tomado, e cobra juros. E assim o RS envia pra Brasília, juros estrondosos, além dos impostos que já envia.

- Os juros da "dívida" com a União (dívida já explicada que foi emprestado o próprio dinheiro gaúcho), que compromete boa parte do orçamento do estado, poderia ser direcionado a melhorias de salários.

- Assim, os gaúchos têm que se humilhar em Brasília prá pedir o dinheiro que Brasília tomou deles.

- E ainda o povo gaúcho tem seus recursos tomados para ações que ele não decide. Ou seja, outros administram o SEU salário.



Centralismo:

- O Brasil não sabe conviver com as diferenças. E que por isso ordena a partir de um poder central passando por cima de todas as diferenças. Ditando ordens iguais para diferentes. E até fazendo ameaças truculentas contra os que ousam contradizer!

- No Brasil existe uma Ditadura velada, que manda e desmanda como quer. Que tem aparência de Democracia. Mas que o Rio Grande vive submetido contra sua vontade, às ordens de outras regiões.

- Decididas em Brasília, o povo gaúcho não participa de decisões sobre si mesmo, e sua própria vida.

- Os povos devem concordar em viver agregados para que haja Democracia, senão está um submetido ao outro.

- Assim é necessário consultar se o povo gaúcho quer ser um só com o brasileiro HOJE, para que se possa aplicar a Democracia.

- Cada povo é quem tem que decidir o que quer e é melhor para si, e não ser convencido ou propagandeado por outros.

- O Brasil é tão totalitário que irá se opor a um plebiscito gaúcho por Independência, a fim de ouvir a Soberania Popular.

- Quem domina não quer Independência, mas quem é dominado, quer e tem o direito de ter sua própria vida.

- O brasileiro é propositalmente mal informado, associando o desejo de Autodeterminação de um povo, formado por diversas raças, com "racismo", "segregação", blábláblá.



Política:

- O Rio Grande é escravo dos políticos do Nordeste, e estes que decidem o que fazer com o dinheiro do povo gaúcho. Visto que o Nordeste com seus 9 estados, se une e vota como um só, e é total maioria na Câmara e Senado.

Transcrição autorizada.