24 outubro 2009

Parábola Verídica

Roberto era um homem normal.

Até que, um belo dia perdeu totalmente a memória! Esqueceu tudo o que passou desde o seu nascimento até aquele dia. Continua sendo a mesma pessoa: As experiências, suas capacidades, sua cultura, continuam dentro dele, e exercem sua influência em sua vida... Mas ele não sabe de onde elas vieram!

Este homem infeliz ainda é um homem, mas não tem identidade... Não sabe quem ele é!

Como Roberto não conhece seu passado, também não tem perspectiva de futuro... Pois não reconhece suas capacidades e sua bagagem cultural.

Então, é assim que um homem perverso o encontra casualmente, vagando por uma rua deserta.
Fica sabendo de sua triste situação e resolve, por maldade, escravizá-lo.

Diz conhecer-lhe e faz Roberto pensar que é filho dele, narra-lhe fatos e dados fictícios, mentirosos, levando-o a crer que sua vida era outra, diferente da verdadeira... Que seu destino era o crime, junto com ele, seu "pai".

Roberto agora era manipulado por seu algoz - justamente por não saber a sua identidade!

Aceitava as orientações de seu “pai”, e vivia segundo as “suas” regras...

Com o tempo esqueceu-se de sua amnésia, e continuou sua vida no meio do crime, pensando ser realmente quem ele, de fato, não era!

Então, quando realizava um assalto a uma residência, deparou-se com o seu irmão legítimo!

Logo seu irmão o reconhece, chama-o pelo nome, identifica-se, e revela-lhe quem ele é e que está cometendo um erro, um crime...

Roberto estranha a reação daquela vítima, perturba-se, mas não acredita. Maltrata-o, chama-o de mentiroso, de estar inventando aquela história para se livrar do assalto.

Então seu irmão, um homem inteligente, fala da sua infância. Começa a citar traços culturais adquiridos pelos dois durante a vida e a mostrar-lhe que é diferente, em seus sentimentos e modo de ser, daquele homem que se diz seu pai!

Criou-se, assim, um conflito na vida de Roberto. Pois seu “pai”, ciente do perigo de que o irmão de Roberto poderia estragar seus planos, passa a forjar “provas” de sua infância, mostra-o que aquele homem (seu irmão legítimo) o está enganando, sabe-se lá com que intuito. Diz que abandonar seu pai é um pecado capital e que, sem seu auxílio e orientação, Roberto morrerá de fome!

Embora reconheça que seu irmão possa ter alguma razão, Roberto não cede, não acredita, porque seu “pai” fictício lhe apresentara muitas “provas” de sua vida pregressa, lembrando sempre as regras e as leis de vida criminosa que seu “pai” lhe ensinara, e que o obrigava a obedecer.

Seu irmão, porém, perseverava, insistia. Muitas vezes o procurou, depois daquele dia, para mostrar-lhe provas da sua verdadeira identidade, sua verdadeira cultura. Roberto reconhecia cada vez mais sua cultura, pois estava arraigada em sua alma... Passou a entender e reconhecer sua identidade... Passou a encontrar-se cada vez mais, e a enxergar o sentido de sua existência em si mesmo... Aquilo que seu irmão insistia em gritar-lhe aos seus ouvidos fazia cada vez mais sentido... Mas assim mesmo, por infortúnio de Roberto, ainda não conseguia desvencilhar-se do "pai": Medo da liberdade ou medo de castigo? As dúvidas permeavam a mente de Roberto e um conflito interno cada vez mais crescente consumia-o.

No fundo, no fundo, Roberto queria libertar-se de seu "pai"... Seguir sua vida de maneira independente! Sentia lá dentro que aquilo que seu "pai" fazia e dizia era errado... Era escravidão... Era contrário aos seus princípios. Com mentiras e fraudes, seu "pai" lhe dizia que era livre... Mas Roberto, no fundo, via que não era livre... E passou a admitir que ser quase-livre é pior do que qualquer prisão!

Mas continuava preso a ele, preso às suas leis, preso à falsa identidade que seu "pai" lhe fez pensar a vida inteira, e achava-se economicamente interligado à ele. Relutava na incerteza de que, uma vez independente, pudesse sobreviver por seu próprio trabalho...

É claro que podia, pois era sim muito capaz, mas lhe faltava convicção para tanto...

Seu irmão lhe orientava: bastava ele trabalhar honestamente, da forma como ele sentia que deveria trabalhar, fazer o que ele tinha por vocação, deixar agir a sua natureza, que, com certeza, ele não só sobreviveria como poderia se desenvolver muito mais, pois para isso tinha uma capacidade e uma bagagem cultural extraordinárias.

Roberto criticava as atitudes de seu pai, e via com simpatia a idéia de independência... Sabia lá no fundo que aquela era a única solução para a conquista da verdade e da liberdade! Mas as dúvidas o faziam relutar... Faltava a Roberto arrojo, determinação, atitude!

Mais fácil e mais cômodo era continuar naquela vidinha miserável, que já estava em andamento, do que se atirar em aventuras e brigas... Sim, certamente teria que brigar com seu pai por sua independência! E com certeza seria uma briga feia!

E TU, GAUDÉRIO DO RIO GRANDE ???
E tu, que relutas em assumir a tua cultura gaúcha, que te acovarda diante do gigantismo e prepotência brasileiras, que duvidas da capacidade de trabalho e produção do povo gaúcho, vais continuar nesta indecisão, como Roberto, sem arrojo, sem determinação, sem atitude?

Ouça, gaúcho, a voz do RSLivre que te conta e reconta a tua história verdadeira! Que briga por ti para que te libertes de uma vez da opressão da mentira, da escravidão da falsidade e da amnésia cultural imposta pela oligarquia brasileira!

Desperta e te afasta de uma vez por todas desta cultura e identidade mentirosas que te fizeram acreditar que pertences, e que achas que tens...

Descubra tua verdadeira identidade, reassuma tua verdadeira cultura, e conquista tua liberdade!

Dá o grito de independência! E segue tua vida como nação livre e independente! Pois é este o teu destino...

Romualdo Negreiros
Matheus Duarte

05 fevereiro 2009

Princípios de uma Separatista Gaúcha convicta!

Tenho acompanhado vários posts e debates no Orkut relativos ao separatismo. Um debate, porém, me chamou especial atenção na comunidade "Rio Grande do Sul Independente", no tópico "Movimento Pampa Livre tem Nova Bandeira", entre uma moça nascida em São Paulo, mas Gaúcha de alma e coração, Fabiper, e um rapaz nascido no Rio Grande do Sul, mas infelizmente de sentimento brasileiro, Jorge R.
O estranho foi que uma "paulista" defendendo o direito do gaúcho de se autodeterminar-se, e um gaúcho negando-nos este direito e defendendo nossa submissão ao Governo Centralista do Brasil! Um contra-senso.
Como curiosidade, mas também para destacar as palavras fortes de Fabiper, fiz um apanhado geral dos conceitos emitidos por ela neste debate, com os quais nós do RSLivre concordamos e apoiamos (E todo gaúcho consciente deveria fazê-lo).
Fabi nos deu uma verdadeira aula de conhecimento sobre o Rio Grande (mais do que muito gaúcho que usa bombachas e chapéu de abas largas!) e mostrou muita coerência nos seus pontos de vista sobre os Princípios separatistas:

Legislação:

- O Rio Grande é uma Colônia obedecendo ordens do Brasil, contrárias à sua opinião, vontade e cultura. Isto é agressão à Democracia. É um escravo das leis brasileiras que premiam bandidos, e que não pode aplicar leis e viver conforme sua própria Cultura.

- Desvinculado do Brasil, o próprio povo gaúcho é quem irá decidir sobre sua própria terra. Princípio básico da Democracia.

- Tendo suas próprias leis, poderia não admitir, e tomar atitudes contra vandalismos do MST, por exemplo.

- O povo gaúcho não tem que ser governado por ordens impostas, externas de um outro lugar.


Cultura:

- Uma Nação é um grupo de indivíduos com um vínculo cultural, que se sente um agrupamento e que por isso quer viver coletivamente, com interesses peculiares. Portanto, o Brasil é ilegítimo!

- O gaúcho tem um hino lindo, e se emociona ao cantá-lo. Tem costumes próprios e valores completamente diferentes do brasileiro.

- O povo gaúcho tem Cultura diferente do Brasil, por isso tem direito a se auto-administrar.

- O nível educacional e cultural do povo gaúcho é diferente do brasileiro.

- A mente e alma do povo gaúcho é diferente da do brasileiro, valores, sentimentos. E assim o Rio Grande é oprimido pela Cultura da malandragem.

- O povo gaúcho não quer saber que escola de samba ganhou o Carnaval, nem que bloco de frevo vai sair atrás do trio elétrico, embora respeite estas Culturas.

- Acima de qualquer fator, o que importa é o sentimento como Nação, de querer viver coletivamente, tendo interesses peculiares.


Cultura brasileira:

- Brasileiro não sabe admitir pensamentos diferentes do dele, e diante disto, ataca o expositor com papinho de 'xenófobo', 'racista', blábláblá, pelo fato de não se enquadrar na opinião dele.

- A mentalidade brasileira é atrasada, e faz ameaças truculentas contra quem se expressa fora do padrão.

- O Brasil impõe, agride e não respeita Culturas que ele determinou serem fora do padrão.

- O Brasil escarnece do povo gaúcho, porém range os dentes se se diz algumas verdades sobre gente de outras regiões.




Economia:

- O Rio Grande não recebe absolutamente NADA gratuitamente do Brasil, por isso existe plena viabilidade econômica para a Independência. E que desvinculado, sem carregar pesos do Brasil, terá um Desenvolvimento Humano muito superior.

- Sem ser controlado por um governo distante e central, poderia pagar melhores salários a professores, policiais, e demais trabalhadores.

- O estado paga com dificuldades suas escolas, porque foi levado pelo ladrão boa parte do que lhe pertence.

- Mesmo com oscilações de boas ou más administrações estaduais, far-se-ia mais com mais dinheiro em caixa, que foi levado para o Carnaval do Pelourinho.

- Se o Brasil não mais tomar os bens gaúchos, matematicamente é óbvio que vai sobrar mais dinheiro em caixa.

- Resultado, o estado não tem dinheiro porque o Brasil lhe tomou.

- O Brasil, após tomar esse oceano de dinheiro do povo gaúcho, EMPRESTA para o Rio Grande o seu próprio dinheiro tomado, e cobra juros. E assim o RS envia pra Brasília, juros estrondosos, além dos impostos que já envia.

- Os juros da "dívida" com a União (dívida já explicada que foi emprestado o próprio dinheiro gaúcho), que compromete boa parte do orçamento do estado, poderia ser direcionado a melhorias de salários.

- Assim, os gaúchos têm que se humilhar em Brasília prá pedir o dinheiro que Brasília tomou deles.

- E ainda o povo gaúcho tem seus recursos tomados para ações que ele não decide. Ou seja, outros administram o SEU salário.



Centralismo:

- O Brasil não sabe conviver com as diferenças. E que por isso ordena a partir de um poder central passando por cima de todas as diferenças. Ditando ordens iguais para diferentes. E até fazendo ameaças truculentas contra os que ousam contradizer!

- No Brasil existe uma Ditadura velada, que manda e desmanda como quer. Que tem aparência de Democracia. Mas que o Rio Grande vive submetido contra sua vontade, às ordens de outras regiões.

- Decididas em Brasília, o povo gaúcho não participa de decisões sobre si mesmo, e sua própria vida.

- Os povos devem concordar em viver agregados para que haja Democracia, senão está um submetido ao outro.

- Assim é necessário consultar se o povo gaúcho quer ser um só com o brasileiro HOJE, para que se possa aplicar a Democracia.

- Cada povo é quem tem que decidir o que quer e é melhor para si, e não ser convencido ou propagandeado por outros.

- O Brasil é tão totalitário que irá se opor a um plebiscito gaúcho por Independência, a fim de ouvir a Soberania Popular.

- Quem domina não quer Independência, mas quem é dominado, quer e tem o direito de ter sua própria vida.

- O brasileiro é propositalmente mal informado, associando o desejo de Autodeterminação de um povo, formado por diversas raças, com "racismo", "segregação", blábláblá.



Política:

- O Rio Grande é escravo dos políticos do Nordeste, e estes que decidem o que fazer com o dinheiro do povo gaúcho. Visto que o Nordeste com seus 9 estados, se une e vota como um só, e é total maioria na Câmara e Senado.

Transcrição autorizada.