31 agosto 2006
O brasileiro cada vez sabe menos votar. O povo que no Brasil representa a maioria, se deixa levar pelas armadilhas da propaganda.
A culpa não é do Lula. É do sistema que o colocou lá e o mantém lá.
O sistema que começa com a educação (precaríssima), passa pela formação política e termina com a forte e implacável mídia...
O brasileiro não é um povo homogêneo. Enquanto uns se informam e sabem em quem devem ou não devem votar, outros são “politicamente ignorantes” e votam em sujeitos como o Lula. Somos seus reféns. Somos reféns da mídia, somos reféns do poder de Brasília...
Confira aqui, o nível do cara que a maioria do povo brasileiro vai reeleger...
Romualdo Negreiros
27 agosto 2006
É. Não deu prá resistir...
Tão logo peguei as camisetas de divulgação do MRR, fui vestindo uma e já tirei umas fotos.
Prá quem não sabe, aí vai a dica:
Dia 10/09/2006, vamos (Separatistas e afins) nos reunir para uma mateada amiga no Parque Farroupilha, vulgo Redenção. O Local é nas imediações do monumento ao expedicionário. Para nos reconhecer, vamos estar com estas camisetas de divulgação.
Teremos algumas para fornecimento no local.
O Motivo da reunião não poderia ser melhor: Comemorar (humildemente) os 170 anos da Proclamação da República - incrivelmente esquecida pelo Tradicionalismo oficial gaúcho!
O grupo está aberto a qualquer pessoa que se interessar pelo tema.
Tínhamos planejado um trabalho de serigrafia. Porém, na última hora, encontrei um artesão muito bom no desenho, que topou fazer o trabalho à mão, com tinta lavável, pelo mesmo preço da serigrafia. Incluiu ainda o texto nas costas e mais uma bandeira original da República, na manga...
Ficou mais personalizada e mais durável que a cópia serigráfica, sem falar na melhor qualidade do tecido da camiseta...
Na minha opinião, ficou muito bom.
Confiram aí.
sds
O Separatista
Em uma resposta ao e-mail de um amigo paulista, respondi que lamentava pelo fato de São Paulo não ter organizado um movimento próprio para resgatar sua história e estabelecer sua identidade.
Aos domingos, como hoje, gosto de “navegar” a esmo pelas centenas de milhares de rádios do Winamp, ouvindo o que se fala e se escuta pelos incontáveis cantos do mundo. Com muito espanto encontro uma rádio difícil de identificar, falando em “Gauchês”, e se dizendo do Vale do Araguaia. O locutor, um gaudério tapado das ventas, numa grossura de dar dó! Bem humorado e sorridente, só tocava daqueles “vanerão” bem rasgado, de se “dançá cos pé trocado”. As propagandas acompanhavam o ritmo e o estilo da rádio... Tinha a impressão que estava ouvindo uma emissora de um outro país, extremamente distante do Brasil, metido no meio do terreno entre o rio Ibirapuitã e o rio Uruguai...
Mas, segui minha viagem auditiva pelo “random” do Winamp... quando deparo com um nome bem conhecido e brasileiro: “Rádio Sertaneja”...
De cara, peguei o Roberto Carlos cantando “Obrigado Senhor”, na rádio dita Sertaneja... Bem, o Roberto é universal, deixa tocar em qualquer rádio. Mas tão logo terminou a música gospel, um locutor fala-rápido com efeitos acústicos estilo tecno, anuncia qualquer coisa em inglês, já me entra um rock-country cantado por uma moça norte-americana!
É o que eu digo: Lamento, pelos paulistas!
Sds
O Separatista
24 agosto 2006
O Separatismo é ilegal?
Contraria a Constituição e poderemos ser presos?
Perguntas estas que cada pessoa faz interiormente ao se deparar com as propostas separatistas. É a responsável pela recusa imediata e às vezes irrecorrível de considerá-las com seriedade. Forma assim uma barreira que precisa ser vencida com a força dos argumentos. Infelizmente muitos erguem tão altos muros que se torna intransponível, inacessível, privando-o de um bom entendimento e de uma boa escolha.
Todo o separatismo, seja em qualquer lugar do mundo, seja em qualquer tempo, sempre foi ilegal, se levarmos em conta as leis dos países dos quais se pretende separar! E seria estranho se assim não fosse.
A questão fundamental deriva-se desta primeira colocação, e tem o seguinte enunciado: Estaríamos nós separatistas cometendo ato ilícito, e conseqüentemente, passível de punição (e os exemplos de punição de separatistas, no mundo, não são nada animadores!).
Esta questão fundamental apresenta dois lados bem distintos: O moral e o legal.
Vamos ver hoje somente o primeiro aspecto:
a) O pensamento é livre! Podem proibir-nos de divulgá-lo (que é um ato despótico), mas não de possuí-lo.
b) Nossa sociedade contemporânea e a Constituição brasileira, em nome da democracia, não nos proíbe de divulgar nosso pensamento... (Seja qual pensamento for).
c) Quando nós, gaúchos, estivermos todos (ou em maioria) conscientes de nosso verdadeiro momento social, ou seja, quando a maioria do povo gaúcho, através da divulgação e do esclarecimento, obter a consciência de que forma um grupo étnico com um padrão cultural estável, esta consciência nos tornará verdadeiramente uma nação! (Trabalho intrínseco realizado pelos CTG’s).
d) Ora, uma nação tem suas próprias leis, mesmo que não estejam expressas em palavras impressas e não tenham sido assinadas por representantes do povo, elas existem latentes no meio do povo, como um ethos, como características culturais, fazem parte de nosso “pensamento nacional”.
e) Teremos, portanto, uma nação, com sua consciência nacional repleta de leis implícitas, mas inserida em um país maior com suas leis explícitas e impostas.
f) Qual dessas leis preferimos obedecer, quando uma contraria ou busca a anulação da outra? A lei natural nos diz que temos, como povo-nação, direito à nossa autodeterminação e, conseqüentemente, nossa independência. Já a lei do Estado brasileiro, que abrange várias nações (entre elas a nossa), nos impõem no Art.1º de sua Constituição que tal Estado multinacional (brasileiro) é "indissolúvel".
g) Assim foram criados inúmeros países. O povo, imbuído de sua condição nacional, luta em bloco pela sua auto-determinação ou independência total e irrestrita...
h) Tudo a partir de apenas uma decisão íntima, pessoal, intransferível, que cada cidadão conscientemente gaúcho deve fazer!
Sds
19 agosto 2006
Esta é a Bandeira original dos Farrapos durante a guerra de 1836!
Hino Nacional da República Rio-Grandense
Nobre povo rio-grandense,
Povo de heróis, povo bravo!
Conquistaste a independência
Nunca mais serás escravo.
Da gostosa liberdade
Brilha entre nós o clarão;
Da Constância e da Coragem,
Eis aqui o galardão.
Avante, ó povo brioso!
Nunca mais retrogradar
Porque atrás fica o inferno
Que vós há de sepultar
Da gostosa liberdade
Brilha entre nós o clarão;
Da Constância e da Coragem,
Eis aqui o galardão.
O majestoso progresso
É preceito divinal;
Não tem melhor garantia
Nossa ordem social
Da gostosa liberdade
Brilha entre nós o clarão;
Da Constância e da Coragem,
Eis aqui o galardão.
O mundo que nos contempla,
Que pesa nossas ações
Bendirá nossos esforços
Cantará nossos brasões
Da gostosa liberdade
Brilha entre nós o clarão;
Da Constância e da Coragem,
Eis aqui o galardão.
Havia, em Caçapava, capital da República, um sarau em comemoração à Tomada de Rio Pardo, ocorrida um ano antes. Era de praxe que ao início de uma comemoração oficial fosse executado o hino nacional. Estavam presentes as maiores expressões nacionais.
Cinco dias depois, 4 de Maio, saiu publicado no jornal O Povo, órgão oficial da República Rio-grandense, notícia daquelas comemorações, incluindo a letra deste Hino Nacional.
É preciso atentar que os dois últimos versos da segunda estrofe saiu publicado com a seguinte grafia:
"Porque atrás fica o inferno
Que vos há de sepultar".
Lendo desta forma observamos um sentido errôneo. Pois parece que o desejo do autor era que o "inferno" (ou seja, o império) que ficara para trás haveria, por fim, de os matar e sepultar. Colocando um acento na palavra "vós", então, compreendemos a verdadeira e boa intenção do autor em celebrar que tal inferno, além de ficar para trás, será devidamente enterrado e esquecido pelos cidadãos da nova República, mais condizente com o restante da letra.
Como a aurora precursora
Do farol da divindade,
Foi o Vinte de Setembro
O precursor da liberdade
Mostremos valor constância
Nesta ímpia e injusta guerra;
Sirvam nossas façanhas
De modelo à toda terra.
Entre nós, reviva Atenas,
Para assombro dos tiranos.
Sejamos Gregos na glória,
E na virtude, Romanos.
Mostremos valor constância
Nesta ímpia e injusta guerra;
Sirvam nossas façanhas
De modelo à toda terra.
Mas não basta prá ser livre
Ser forte aguerrido e bravo
Povo que não tem virtude
Acaba por ser escravo.
Mostremos valor constância
Nesta ímpia e injusta guerra;
Sirvam nossas façanhas
De modelo à toda terra.
Como vemos, uma letra bem mais suave e condizente à nossa atual situação de "agregados" ao Brasil. A referência à "injustiça" da guerra é exemplar! A estrofe em negrito fora retirada do nosso hino, por decisão federal, durante o período do governo militar. Talvez não tenham gostado do sentido belicoso da "virtude romana"...
Ainda com relação ao nosso atual Hino, vale comentar a importância de sua primeira estrofe. Ela só foi poupada do "corte" da censura pelo entendimento tênue de que a revolta iniciada em Vinte de Setembro, tenha sido a "aurora precursora" da república brasileira, em Novembro de 1889. Uma aurora de 34 anos! Hehehe!
Mas nós, gaúchos de coração e espírito, sabemos: O Vinte de Setembro, uma revolta armada liderada por estancieiros descontentes, foi o início de um movimento que culminou com a Proclamação da República Rio-grandense, em 11/09/1836, nosso verdadeiro "farol da liberdade"!
Hoje apagado, sim, mas, cremos, temporariamente!
De qualquer forma, para aquele que acredita que nossa querida República Rio-grandense não morreu, mas sobrevive sob os escombros do atual "império" brasileiro, o Hino legítimo, e insubstituível, de nossa República ainda é aquele que diz:
Nobre povo rio-grandense,
Povo de heróis, povo bravo!
Conquistaste a independência
Nunca mais serás escravo.
15 agosto 2006
Vou deixar de transcrever os trechos mais importantes do trabalho de Claudia Pereira Dutra, por dois motivos principais: São muito repetitivos e enfadonhos (uma falsa cantilena de dar dó!); É uma “enrolação” danada, um palavreado técnico que, espreme tudo, e a conclusão é de que o ovo é cabeludo e o burro, chifrudo... Tudo isso só pra afirmar que consegue ver mais longe que nós, os “grosso fantasiado de gaúcho”.
Para resumir, se alguém quiser conferir o trabalho na íntegra, vai em http://www.paginadogaucho.com.br/tese/prenda.htm e engane-se com seus próprios olhos.
Da minha parte vou colocar aqui um resumo-do-resumo-do-resumo do que considero, como historiador-das-horas-vagas, a trajetória do tipo humano gaúcho e de sua cultura... Incluindo aí mulher, cusco, galpão, vanera e tudo o mais. Vou me abster também de transcrever citações, recomendar livros, rebuscar provas. Não que não as tenha, mas que certemente tornará este texto muuuito chato e difícil de ler...
Mas esclarecimentos e comprovações poderão surgir em outra oportunidade.
Mestiços
Bem, a história (com “h”) conhecida e comprovada pelos historiadores mais insuspeitos nos mostra um mestiço surgido nos pampas através de concubinato entre os espanhóis, em sua maioria vindos das ilhas Canárias (aliás, de onde veio a “havannera” – de Havana – nosso atual “vanerão”), e índias da região, em sua maioria Guaranis e Charruas. Estes mestiços eram rejeitados pelos pais, por motivos fáceis de compreender. E, por isso, cresciam e viviam soltos pelos pampas, mais ou menos selvagens, sem regras, sem leis, uma espécie de “índios nativos” próprios da terra... Já que os demais povos índios, com sua bagagem cultural própria, teriam vindo de outras paragens.
Sobrevivência
Estes mestiços primitivos eram verdadeiros “adãos” em seu “paraíso-pampa”... Mas o paraíso começou a mudar. Começou a aparecer gente diferente, gente branca, gente perigosa, com armas de fogo, e ares de senhores do universo. A aproximação se deu rapidamente. Por curiosidade, por desafio, por sobrevivência... Conhecendo o álcool e o fumo, produtos trazidos pelos brancos que os proporcionavam mais sentimento de liberdade. Conhecendo também artigos que os embelezavam e os diferenciavam dos outros, surgiu aí a vaidade, a inveja, a cobiça... Ora, eram elementos sem “senhores”, sem leis para obedecer, e sem preceitos espirituais... Eram, segundo nosso entendimento atual de cultuados por europeus, vagabundos, borrachos, ladrões, bocas-braba! Eram, enfim, gaudérios, conhecidos mais tarde por gaúchos.
Houve, portanto um primeiro contato difícil entre aquelas culturas tão diferentes, mas aos poucos uns daqui e outros dali foram cedendo e alguns gaudérios eram aceitos nas lides das primeiras estâncias, haja vista suas inegáveis qualidades para tratar com os animais, o absoluto conhecimento das terras, e controle nato das adversidades do habitat. Haviam os comerciantes que exploravam o comércio ilegal de gado vivo, abatido e seus produtos, pagando quantias irrisórias aos gaudérios, que davam apenas para manter seus hábitos e vícios.
Costumes nativos viram cultura
Mas não vamos nos aprofundar neste causo, pois não quero que a matéria fique muito extensa. É importante que se diga, apenas, que desta aproximação, e misturança de costumes e modos tão diversos, foi se formando, com o tempo, o que hoje nós conhecemos por “cultura gaúcha”... Ora, todos sabemos que faz parte da sopa que hoje é nossa cultura tradicional elementos índios, açorianos, militares, espanhóis, tropeiros, portugueses (se esqueci algum me perdoem!). Isso nos mostra que “gaúcho” não era mais aquele elemento solitário, perambulante, isolado no pampa, mas todos os que viviam nos pampas, até mesmo aqueles cujas famílias vieram da Europa, até mesmo aqueles que vieram em tropeadas, lá de Piracicaba (acho errado dizerem que eram “paulistas”, pois aqueles homens vindos de lá de cima não tinham ainda a vida e os modos que hoje conhecemos como dos paulistas).
Então, neste primeiro momento, já temos todo um povo desgarrado e espalhado pelos pagos, com origens diversas, imbuídos de uma mesma cultura, já que esta cultura gaúcha é a mais adequada à vivência no habitat pampeano. São, portanto, todos gaúchos!
Esta cultura se firmou, com o tempo, com a lide diária, tudo o que conhecemos hoje e mais algumas coisas que ainda não foram resgatadas pelos historiadores mais sérios...
A ameaça
Porém, haviam as cidades! Núcleos fechados e concentrados, onde corriam soltas as características mais européias. Eram poucos núcleos, mas gaúchos não entravam, ou entravam por necessidade, mas eram mal-quistos, vistos com desconfiança.
Estes povoados eram mantidos e reforçados por um esquema muito mais forte, um império! Sistema administrativo vindo da Europa! Ou seja, eram pequenos, mas tinha força, e foram crescendo, foram se multiplicando. Ao mesmo tempo que os “senhores de estância”, ou patrões, sentiam-se parte daquele mundo, embora nascidos sob o signo gaúcho. Buscavam assim aproximar-se e vivenciar aquela cultura tão antiga, vistosa, aparentemente tão superior.
Nasce o tradicionalismo
Foi a tal ponto o crescimento da cultura citadina, em contraste com a campeira, que esta foi sufocando, foi definhando, foi sumindo... Ora, a vida das cidades não pode ser combatida, pois é uma realidade irreversível, mas precisávamos, nós gaúchos dos tempos modernos, manter acesa a “chama espiritual” da nossa cultura tradicional. Era preciso salvá-la do naufrágio total, pois, como sabemos, povo sem memória é povo escravo...
Assim foram atirados os botes ao mar, e nos CTG’s, conseguimos manter nossa memória e nossos costumes de vida campeira, vivos e atuantes...
Isso é um milagre!
Quantos povos definharam e morreram definitivamente diante de uma cultura massacrante e impositiva, como a cultura citadina dos tempos modernos?
Bem, a memória é mantida através de símbolos! Isso em qualquer parte do mundo! E estes símbolos gaúchos são tirados de momentos e lugares próprios que bem caracterizam nossa cultura gaúcha...
Só isso, gente! Não há o que procurar aí! Não há o que esquadrinhar, buscar nas filigranas, ver se acha pêlo em ovo! Não adianta ler autores estrangeiros sobre o comportamento humano... Estes caras não nos conheceram, não tiveram a mínima noção que pudesse existir uma cultura chula no Rio Grande e nos pampas argentinos e uruguaios. Se nos tivessem conhecido talvez tivessem elaborado teorias diferentes das que imprimiram nos livros, quem sabe?
Leio ainda que a prenda foi inventada, que o seu vestido foi criado pela mãe do Paixão Côrtes... Quanta besteira!
Os vestidos e tudo o mais utilizado para construir o símbolo da prenda (ou da china, como queiram), não vingariam, não seriam usados, caso não encontrassem ressonância e simpatia em nossos corações gaúchos. As modas e os modos são aceitos ou rejeitados por nós, tradicionalistas, após consulta formal às nossas mais profundas consciências gaúchas, e ninguém, nem mesmo o tal MTG, vai me impor como me vestir e como agir para que eu expresse meus sentimentos tradicionais!
O MTG, e os CTG’s, fazem parte de uma organização útil e necessária para estabelecer e manter limites, indispensáveis em qualquer sociedade, em qualquer clube, em qualquer agremiação!
Vejamos o caso de São Paulo, por exemplo. Bem, eles também têm sua cultura original, também têm suas tradições. Mas eles não têm uma organização, nem locais onde desenvolver e estabelecer os relacionamentos culturais. Não há organismo que impunha limites, fora dos quais já não pertence mais à cultura regional, e o que aconteceu? Pois não é que tudo virou uma enorme festa de Country americano?
Fico triste pelos paulistas...
Agora vem um grupo de intelectuais, presos às suas bibliotecas e escritórios, me dizer, a mim e todos nós tradicionalistas de paixão e alma, que tudo não passa de invenção, de suprimento de uma necessidade técnica do ser humano, que o gaúcho foi criado pelo MTG, e a prenda criada depois pra ser sua companheira!
Ora, se é assim, eu tô passando por palhaço e ignorante, representando uma criatura falsa, inexistente, inventada por três moleques que estudavam no Julinho...
E aí, vamos ficar aí parados esperando estes “intelectos superiores” destruírem nossas mais caras tradições com a britadeiras de seus grossos livros técnicos? Não vamos protestar?
Bem, por hoje chega, que já tô nas pontas dos cascos...
Quero ver o que vocês, que me lêem, vão dizer!
Sds
O Separatista
Vocês não existem!
14 agosto 2006
PALA
Lúcia Maria de Barcelos Santos
Eu quero fazer um pala
Com os panos do firmamento
Pra agasalhar do relento
Na hora que a noite instala.
Eu quero a lua bordada,
os raios fazendo franjado...
Um pala com estrelas, ornado,
Pra aquecer na madrugada.
Quero este pala se abrindo
Pra te acolher em meus braços.
No pala, estrelas luzindo,
amanusiando cansaços,
sofrenando, reduzindo,
da vida, tirões e laçassos.
O pala vai abrigar
nossos humanos calores
e também vai ocultar
nossos segredos e amores.
E este pala bordado,
feito dos panos do céu,
será também nosso véu:
um manto quase sagrado.
E se um dia, por capricho,
do destino mui cruento,
nós ficarmos ao rlento
sem ter mais o nosso nicho,
sem ter teto, sem ter chão,
vamos pedir ao Patrão
la do céu a proteção.
Peçamos aos santos também
em fervorosa oração,
que nos prive de outro bem,
mas do nosso pala, não!
11 agosto 2006
Se o gaúcho brasileiro foi "inventado" pelos gurís do Julinho, quem inventou o gaúcho correntino?
Mercedes Sosa? Atahualpa Yupanqui?
E o gaúcho uruguaio?
Fernando de O. Assunção? José Hernandes?
Enfim, não é muuuuita coincidência, em três países distintos inventarem o mesmo gaúcho, que vivia no mesmo pampa, e consumia seu tempo nas mesma camperiadas?
Quem tiver respostas convincentes favor clicar em "comment" logo aqui em baixo!
Por falar me José Hernandes, quem quizer ler Martim Fierro, é só clicar no endereço abaixo:
http://www.literatura.org/Fierro/
sds
O Separatista
10 agosto 2006
Eu sabia que vinha “chumbo grosso” do Trabalho da nossa cara Claudia Pereira Dutra.
Vou transcrever aqui alguns trechos que concentram o entendimento dos cientistas sociais a respeito da nossa cultura gaúcha.
“É possível perceber nestas abordagens acima citadas, a ilusão de completude, de preenchimento das lacunas e a pretensão de reconstruir inteiramente o passado,...” (Claudia, 2002, p.24).
“Podemos afirmar que a cultura gaúcha é um sistema simbólico que avaliza estigmas e estereótipos, sustenta a invenção de tradições e a formação de grupos de interesses e solidariedade. É através do culto a valores éticos, morais e práticas sociais consideradas seletas e o estabelecimento de tradições que justifiquem e glorifiquem as características étnico-regionais da cultura que os gaúchos geram e mantém o sentido de sua identidade.” (Kaiser, 1999, p.31).
“Nesta análise da maneira como a figura do gaúcho foi sendo construída e reconstruída, no momento em que emergem os primeiros episódios considerados os marcos fundadores do Movimento Tradicionalista Gaúcho, considero o gaúcho enquanto uma figura que foi fabricada. Longe de representar continuidade de um tempo mais remoto ou um objeto cristalizado no passado, o gaúcho é produto de um conjunto de "práticas discursivas", que se cruzam com outras práticas para conferir autenticidade...” (Claudia, 2002, p.26)
"Considero que o Movimento Tradicionalista reelaborou o gaúcho, embasado numa idéia de continuidade do passado, que estaria lhe conferindo autenticidade e valor de verdade, ao mesmo tempo imprimindo lhe novos significados.” (Claudia, 2002, p.26)
(Grifos meus)
Bem, amigos, fica aqui à vossa apreciação o veredito dos cientistas sociais... (Dentre os que já li posso acrescentar os nomes de Tau Golim e Moacyr Flores).
Segundo o que está explícito aí em cima, o tradicionalismo foi uma invenção inconseqüente de uns “gurís” que estudavam no Julinho, em 1947. Esqueçam o gaúcho, o pingo, a estância, a campanha, as vaneras... esqueçam tudo, que tudo isso é conseqüência do que aqueles “moleques” nos aprontaram... Safados!
.....
Mas mesmo que ninguém me pergunte, vou dar a minha opinião (depois quero ler a sua):
O gaúcho, tal como o conhecemos hoje, é produto da ação do tempo sobre a história de nossa terra. Na sua origem era um tipo humano muito característico, que foi narrado em prosa e verso por estrangeiros que aqui estiveram naqueles tempos idos. (Para conhecer a origem do gaúcho é indispensável ler Darwin, José Hernandez e Saint Hilaire). Bem, depois foi se misturando, foi perdendo algumas qualidades, adquirindo outras, mas mantendo-se na essência.
O Rio Grande não é palco de uma única cultura, claro que não! E o “gaúcho”, entendido como o gentílico do habitante do Rio Grande, não se insere dentro de uma única cultura. Mas o “gaúcho-um”, aquele tipo humano dos tempos idos, que se desenvolveu e vive até hoje, transformou-se numa cultura que abrange e se sobrepõem a todas as demais...
Para provar aos céticos o que digo, basta olhar para alguma outra cultura que formou o “caldo cultural” do Rio Grande. Tomemos a cultura italiana da serra gaúcha, por exemplo: Ela existe, e seus habitantes a cultuam ainda, simbolicamente, como nós cultuamos a cultura gaúcha... Mas os mesmos descendentes de italianos também se consideram gaúchos, não só porque nasceram no Rio Grande, mas porque amam a tradição gaúcha, são gaúchos autênticos de alma e coração.
O mesmo acontece com os alemães, com os poloneses, com os açorianos, e todos os outros.
Desta forma o gaúcho deixou de ser um tipo físico característico, para se transformar, através da ação da história, num tipo metafísico que engloba todo o nosso território (extrapolando-o até: Oeste catarinense e paranaense).
Há, sim, ainda nos dias de hoje, aqueles gaúchos “pelo duro”, que vivem em estâncias, em fazendas, em campanhas, em fronteiras, distantes dos centros civilizados, que mantém no cotidiano de sua vida, as mais caras tradições culturais gaúchas... Estes não estão representando nada, estes são autênticos, são alvo de nossa admiração. Mas nós, na cidade civilizada, com os dois pés no século XXI, precisamos representar, utilizar os símbolos mais caros, sob forma de tradição, para satisfazer a ânsia de exercer nossa identidade... Deixar a cultura citadina de lado, e mergulhar prazerosamente no seio de nossa cultura-mãe, a cultura gaúcha... Foi exatamente o que os “guris” estudantes do Julinho fizeram! Eles foram apenas os pioneiros, e aí está o mérito deles!
E, sabem o que eu acho?
Acho que estes cientistas sociais não sentem prazer algum, a não ser em remexer as entranhas de um rato de laboratório. Eles não saem dos seus escritórios, de dentro de suas salas e nem da frente dos livros, e querem entender o mundo assim...
Só quem é “Gaúcho de Coração”, é que pode entender e falar sobre a cultura gaúcha.
E sabem do que mais?
Eles não existem! Eles foram inventados, construídos, elaborados por um pequeno grupo de cientistas loucos, no início do século XX, que criaram a ciência-social para preencher uma lacuna existente no meio científico...
Tenho dito!
O Separatista
P.S.: E eu ainda não terminei de ler...
09 agosto 2006
É assim... Parece que vai ser sempre assim...
Na sociologia, na filosofia, na psicologia e em todos os estudos acadêmicos abstratos, sempre se vê a mesma coisa: à medida que vão evoluindo, esquadrinhando cada vez mais fundo seu objeto de estudo, vão perdendo o sentido de conjunto, vão encontrando outro paradigma, outro sistema criativo e, por conseqüência, vão negando, com sorriso matreiro nos lábios, o que todo mundo percebe, o que a vida, e o povo que a vive, consagrou, como quem descobriu que a Terra é quadrada e que um mais um é três!
A Claudia Pereira Dutra, no seu trabalho acadêmico “A Prenda no Imaginário Tradicionalista” já parte de um pressuposto, no mínimo, duvidoso...
“Parto da hipótese que o discurso tradicionalista que cria e recria o gaúcho é também formador de uma determinada imagem de mulher representada pela prenda. Em outras palavras, na tecitura do discurso tradicionalista, inventa-se a prenda como uma figura que tem a tarefa de imprimir uma determinada imagem de mulher que passa a ser cultuada como parte da memória gaúcha.”
Quem nasceu primeiro: O Gaúcho, ou o tradicionalismo?
Não, não é como o ovo e a galinha. O tipo humano gaúcho é o resultado de um processo histórico-cultural que iniciou com a chegada dos Jesuítas no território hoje do Rio Grande.
Eu sei, e creio que todo o gaúcho tradicionalista sabe: A figura do gaúcho que nós representamos hoje nos CTG’s é apenas simbólica! É uma “reconstrução” da vida no campo, usando elementos tirados daquela vida e daquele momento histórico... Não precisa ser um acadêmico para se entender isso, basta perguntar a qualquer gaúcho pilchado.
Mas quem “cria” esta imagem não é o CTG, nem as regras do tradicionalismo. Nós, gaúchos do século XXI, apenas externamos o que nos vem impresso em nossa alma, como modelo ideal. É o prazer, a satisfação pessoal, o sentimento de unidade cultural, que me faz vestir como homem do pampa, como um personagem histórico... Vejam, está no meu gosto, não nas determinações do CTG!
Portanto, não é o CTG que cria e recria o gaúcho, senão exatamente o contrário: Os “gaúchos personagens”, com toda sua bagagem cultural, física, psíquica, ética, entronizados em nossa consciência nacional, é que criaram o CTG’s!
Mas a “moça” vai mais longe. Diz que meio a reboque, dentro dos discursos tradicionalistas, inventou-se a Prenda... Para que ela seja a “mulher do gaúcho”, se encaixando assim no fictício mundo do CTG’s.
Diz que em uma das suas gravações de pesquisa, um “deus” tradicionalista confessou: “É, tivemos que inventar a Prenda... Se não, como o gaúcho ia perpetuar a espécie?”
Creio que estes acadêmicos, (não só ela, mas todos estes psico-historiadores de plantão) imaginam o CTG como uma Oficina de Criação, onde se determina como é o paraíso, a figura do Adão e depois a criação da Eva para ser sua companheira.
Eles estão tão enfiados dentro de um microscópio, atentos aos movimentos das bactérias, que nem percebem que o CTG é apenas um “clube”, um local onde se encontram aqueles que amam as coisas do Rio Grande, a música, a vestimenta, a culinária, e se sentem felizes praticando e representando a nossa cultura... Só isso!
Agradeçamos que os CTG’s não “inventaram”, em vez do mítico gaúcho, a figura do mítico Minotauro aqui no Rio Grande!
Sds
O Separatista
08 agosto 2006
Estou lendo quase em tempo integral um trabalho acadêmico, pós-graduação em História da PUC, de Claudia Pereira Dutra: “A Prenda no Imaginário Tradicionalista”.
Pode ser encontrado na Página do Gaúcho, neste endereço http://www.paginadogaucho.com.br/tese/prenda.htm
É verdade que estou recém no primeiro capítulo, mas já dá para se ter uma idéia do “chumbo grosso” que vem pela frente.
Isso porque neste capítulo ela estabelece o entendimento acadêmico sobre o início do Movimento Tradicionalista e a origem do Gaúcho, quanto ser completo em seu lugar no universo...
Em resumo o pensamento técnico, defendida brilhantemente por ela, Moacyr Flores, Tau Golim, e outros grande nomes, diz o seguinte: O povo sentia falta de “algo” ou “alguém” para idolatrar, para ritualizar. Lá por 1947/48 um grupo de rapazes, estudantes do Julinho, tirou assim do nada, (da cartola, quem sabe) um ser mitológico, o gaúcho! A coisa pegou de uma tal forma que hoje este elemento “inventado” (É, “inventado” é a palavra usada pela Dr. Claudia!) é cultuado por quase 100 % do povo rio-grandense e, inclusive em outros países!
Gênios, estes rapazes, não?
E, quê trouxas, nós tradicionalistas, não?
Ora, os acadêmicos são frios demais para entender que “O Gaúcho” está aqui dentro de nós mesmos, em nossos sentimentos mais caros e profundos... Esta frieza me desgosta...
Bem, não terminei ainda de ler... Agora é que vai começar a falar sobre a Prenda! Tô curioso!
Outro dia, posto uma matéria mais completa a respeito.
Aguarde!!!
Sds
O Separatista
07 agosto 2006
04 agosto 2006
Jesus falava por parábolas.
Não à toa: São situações paralelas mais conhecidas, que podem nos fazer compreender melhor as situações desconhecidas.
Recorro a uma:
O casamento civil é uma instituição humana, milenar, comum a todos os povos contemporâneos. E existe desde que o homem pensou em se organizar para crescer...
No entanto este mesmo casamento, esta mesma instituição, pode ser desfeita, pode ser rompida...
Ora, quem casa consente em compartilhar uma vida a dois. É uma sociedade com dois membros. Se um está descontente, não consegue mais manter a sociedade casamento, SEPARA!
Sim, o famoso “pacto federativo brasileiro” (que, de passagem, nunca houve!), nos foi imposto à força, de cima para baixo. Mas mesmo que não fosse. Mesmo que o povo gaúcho fosse às urnas e decidisse em plebiscito fazer parte da Federação Brasileira à época da Proclamação da República. Mesmo assim não teria o direito de dizer: “Chega, não agüento mais a pesada carga de manter este pacto, quero meu divórcio, quero me separar”?!
Se até a uma sociedade tão antiga e tão comum a todos os povos permite-se separação, por que não o seria permitido à “Associação Brasileira”?
A Federação Brasileira é, por acaso, mais importante e forte que a Associação Matrimonial?
Muitos alegam o Art. 1° da Constituição Federal.
Pois bem. A CF é, nada mais nada menos, que um “Contrato”.
Um contrato não pode ser “revisto”? Não pode ser até “quebrado”?
Pois este Art. 1° diz que aquele pacto é indissolúvel...
Caramba, o quê, alguém me diga, constituído pelo homem sobre a face da terra, pode ser indissolúvel?
O ser humano têm capacidade para criar algo que seja, por sua determinação, INFINITO?
Portanto o Art. 1° é apenas uma peça decorativa na Constituição... É uma peça histórica... Sem fundamento lógico nos dias atuais...
O Art. 1° reflete uma tradição nas Constituições que vem desde a Idade Média, desde as Constituições dos Impérios... Acreditava-se, então, que o Imperador (ou Rei) fosse o escolhido por Deus para representá-lo na Terra perante os seus súditos. O Papa era seu conselheiro espiritual e ele, Imperador, o Diretor dos negócios divinos na Terra. Aí sim, naquela época de trevas e fogueiras, acreditava-se que o Imperador fosse capaz de determinar algo que fosse “indissolúvel”. Então ele usava de suas prerrogativas divinas para decretar “Para todo o sempre”, “Cumpra-se até o fim dos dias”, “Isto é indissolúvel, intocável e inquebrantável”...
Isso tudo dava um ar solene às determinações e ninguém ousava contestar!
Mas, pombas, estamos em outros tempos! Hoje sabemos a verdadeira dimensão do homem e da humanidade! Hoje entendemos que nós, como homens, só podemos criar coisas... "humanas" mesmo! Limitadas pelas nossas próprias limitações! Hoje é heresia pretender extrapolar nossos limites... Hoje não cabe mais decretarmos que algo é “indissolúvel”!
Nem o casamento o é!
E o Contrato Social assinado pelos representantes do povo na confecção da Constituição Brasileira pode, sim, como qualquer outro contrato, ser dissolvido, ser quebrado, ser desconstituído...
Se nos convém, é isso que devemos fazer!
Sds
O Separatista
Bem, para um post pretensamente separatista, precisamos começar justamente pela conceituação:
"De um modo geral as pessoas não se interessam por assuntos políticos, ou por que não são instruídas para isso desde a escola, ou porque os apelos diferenciados da mídia e do agitado mundo atual, as desestimula. No entanto quando os reflexos das atividades políticas as atingem, seja na carestia de vida, seja na falta de oportunidades de trabalho, seja na falta habitacional, etc., reclamam daqueles que por ela decidem, reclamam dos governantes, olham e vêem somente a imagem superficial dos “bodes expiatórios” de ocasião. A tendência do povo, no atual estágio de escolaridade e conhecimento, é quase sempre tomar uma medida superficial, paliativa, sem perceber o sistema básico gerador daquelas vicissitudes. Não basta não elegermos, numa próxima eleição, este ou aquele elemento que se considera mau representante, da mesma forma que não adianta matarmos uma ou outra formiga que está cortando nossa roseira. Precisamos ir mais fundo, procurar pelos métodos e os sistemas que favorecem o aparecimento e a criação de pessoas e atitudes que geram nossa insatisfação... e isso é “política”.
Com este sentido político reapresentamos, para esta geração, a proposta separatista que, aqui no Rio Grande, remonta a alguns anos antes da Guerra dos Farrapos. Tal proposta, reformada conforme nossas condições e entendimentos atuais, é a única que abre uma possibilidade real de revermos nossos conceitos e nossas idéias básicas sobre as organizações governativas que regem nossa vida social.
Em outras palavras. Ano após ano trocamos os governantes, os representantes na Assembléia, e ano após ano com eles nos decepcionamos. Que tal procurarmos mais fundo, dentro do sistema político-partidário, dentro do sistema administrativo e até do judiciário, o por quê desta situação sufocante? Que tal analisarmos, com conseqüência, as demais formas de governo, o parlamentarismo, o socialismo, a anarquia? Que tal termos esta chance, valiosa por natureza, de repensar as questões fundamentais de representatividade, de distribuição de poderes, ou mesmo de um sistema governativo todo próprio, único, e totalmente adaptado ao nosso povo gaúcho? Sim. Não temos necessariamente que copiar os sistemas, as Constituições de outros países (Estas, com certeza, foram feitas sob medida para eles!). Conforme Montesquieu "as leis devem ser de tal forma apropriadas ao povo para o qual hajam sido feitas que, só mesmo por mera casualidade as de uma nação podem convir a outra nação". Portanto não só podemos, como devemos, (e este é o nosso verdadeiro ideal), pensar, estudar, elaborar e redigir nossa própria Constituição, exclusiva e moldada ao nosso pensamento e cultura gaúchos.
O Separatismo nos abre tal perspectiva!
A sociedade gaúcha já está estabelecida a tempos, moldada sob o signo de nossa terra e nossa história. Temos nossa cultura, nossas tradições tão típicas e tão diferentes das demais no Brasil, só nos falta sermos conduzidos por um governo por nós constituído, por um ideal por nós elaborado, por uma Constituição que traduza nosso entendimento e nosso modo tão próprio de buscar os objetivos.
O separatismo nos mostra que, não só podemos, mas temos pleno direito de exercer nossa soberania.
Para começarmos a entender como isso tudo funciona, precisamos formalizar os conceitos, ou seja, dar um sentido próprio para palavras ou expressões que serão bastante utilizadas quando se fala neste assunto. É quase um “separatês”, procurando definir para não confundir.
Nós, o povo gaúcho, exercendo uma cultura própria, possuindo um ethos próprio, um padrão cultural, formamos uma nação, uma verdadeira etnia. Reivindicamos assim o direito internacional de Autodeterminação dos povos para constituirmos um Estado independente, um povo soberano, com governo próprio, que não é nada mais que a nossa própria pátria gaúcha.
Sendo assim o separatismo Gaúcho propugna pelo rompimento dos laços federativos do Rio Grande com o Brasil e a constituição de um Estado independente, ou a reconstituição do Estado independente criado pelos Farrapos com o nome de República Rio-Grandense. Seguindo o mesmo pensamento farrapo, o separatismo gaúcho atual também propugna pela autonomia irrestrita dos demais povos do Brasil, considerando a possibilidade de criar, com estes, uma Confederação Brasileira.
Para isso contamos com as determinações, pactos e convênios mediados pela ONU e assinados pelo Brasil, por princípios e doutrinas fundamentais do pensamento humano e com a vontade do povo gaúcho de ser livre. - Romualdo Negreiros"
Ela está no meu site
http://www.riograndelivre.net/separabertura1.htm
... no tópico "Princípios".
Sds
O Separatista
03 agosto 2006
Para bem começar qualquer trabalho livre na Internet é de bom tom que nos identifiquemos. Não há o que temer, não há o que esconder.
Nome: Romualdo Negreiros
Nascimento: 20 de Setembro de 1953 (52 anos), em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
Trabalho: Carris Porto-alegrense, como Motorista de ônibus há 13 anos.
Outras profissões: Já fui carteiro, taxista, técnico mecanográfico (máquinas de escrever), verdureiro, dono de bar e de trailer de cheeseburguer.
Este Blog vai ser um canal por onde vou poder colocar pensamentos críticas e comentários ocasionais sobre os assuntos que dominam meu interesse pessoal e de muita gente que pesquisa na Internet: Política, história, sociologia, e nacionalismo, tudo relativos ao Rio Grande do Sul.
Não assumo o compromisso de postar todos os dias, mas vou sim adicionar sempre que precise de reflexões, de comentários, de interação... Talves tudo isso me sirva de terapia ocupacional, não sei. A verdade é que preciso escrever, sempre tenho escrito nos papéis, agora sempre que precisar, escrevo no Blog... Aliás, talvez transcreva algo dos meus escritos aqui no O Separatista.
A quem interessar possa, vai o endereço do meu site:
http://www.riograndelivre.net
Grande abraço
O Separatista