13 março 2007

Separatismo no Futebol

Eis um assunto que tem se tornado tabu entre os separatistas e motivo de chacota àqueles que não simpatizam com estas idéias.
Com efeito, com o advento do separatismo, tudo absolutamente em nosso cotidiano sofrerá, por conseqüência, uma mudança, uma variação, inclusive o futebol. Precisamos analisá-lo também, sem medo ou preconceitos bobos.
O futebol nos trás um belo exemplo de união coletiva. Os jogadores precisam estar unidos, conformes uns com os outros e todos com o treinador e auxiliares técnicos. A torcida precisa também ter sentimento de carinho, de compreensão, de solidariedade com os atletas e direção.
São quase todos os ingredientes de uma nação. (Não à toa muitas torcidas denominam-se “Nação Tricolor”, “Nação Colorada”, “Nação Rubro-negra”.)
Esta força solidária muito intensa que encontramos no futebol é com efeito a mesma força que faz uma nação solver problemas naturais e percorrer a senda do crescimento.
No futebol entendemos mais do que nunca que “A união faz a força!”.
Se há oposição, percebemos que sempre é momentânea, pois acima de tudo está “o amor” pelo clube, por suas cores, por sua tradição... Pois todos, ao final, buscam a mesma coisa!
Oposição no momento de conceber um “método”, mas assim que decidido, todos, mesmo a facção perdedora, volta-se a ajudar... Porque não se está ajudando a facção vencedora, mas sim “o clube”.
Isto explica e deixa claro do por quê uma nação deve ser culturalmente coesa. É preciso que “todos busquem a mesma coisa” e estejam conformes quanto ao método de buscá-la, acreditem nos técnicos, nos administradores. Eis uma nação de verdade!
Para um país resolver seus problemas e crescer de fato não basta um território cheio de pessoas com um governo. É preciso que sejam coesos, que tenham uma cultura nacional, é preciso que formem uma nação.
O futebol nos mostra isso claramente, só não vê quem não quer!
Agora, o que notamos no futebol brasileiro atual, e principalmente nos clubes gaúchos?
Uma deterioração gradativa deste conceito!
Todos que acompanham minimamente o futebol sabem que existem diferenças regionais no modo de jogar o futebol. Temos ouvido constantemente “O futebol gaúcho”, “o modo gaúcho de jogar futebol”, e coisas deste gênero. O gaúcho tem seu “estilo” de jogar, mais platino, mais viril e mais defensivo, baseando-se na força e no coletivo, mais do que na técnica, no drible, no individualismo.
Esta, talvez, tenha sido a força principal que fez nosso futebol ser respeitado no Brasil e no mundo todo.
No entanto percebemos que os dirigentes de clubes, não captaram esta qualidade.
Hoje compram jogadores de Goiás, do interior de São Paulo, do nordeste e constituem aquela mistura de características que vemos no futebol brasileiro atual. Ou seja, estão todos nivelados.
Perdem assim a força cultural do futebol!
A torcida grita nas arquibancadas “Ah! Eu sou gaúcho!”, mas muitos jogadores ali dentro do campo não têm nada com isso... Não se sentem gaúchos, apenas parte de um grupo que luta para ganhar uma partida de futebol. Não há o orgulho gaúcho, o sentimento nacional ajudando-o a pôr mais empenho à sua já conhecida técnica.
Ora, o futebol gaúcho se tornou conhecido e diferenciado justamente por causa disso.
Com a mescla de jogadores de outras paragens, perde o futebol do Rio Grande sua principal característica: Sua nacionalidade!
sds
O Separatista

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