A ESSÊNCIA DO SEPARATISMO
O Separatismo não existe por si só. É preciso algumas condições e motivações para que se tome este caminho radical.
"Separatismo" significa "começar algo novo", um reinício, ter uma nova chance. Neste viés, a imaginação se perde em várias áreas do pensamento humano, criando assim, inúmeras e variadas perspectivas. Um quadro em branco que podemos dar início a uma "pintura revolucionária".
Com esta visão e este pensamento, muitas pessoas encaixam seus desejos à fascinante possibilidade de concretizá-los.
Irton Marx, para se ter uma idéia, busca no separatismo sua grande chance de criar um país imaginário, em todos os aspectos: socio-econômicos, políticos, culturais... O Sul é o Meu País, por sua vez, idealiza um "novo povo", uma "nova etnia": O Sulista... A Resistência Sulista invoca o separatismo para uma futura adoção de sua QUARTA TEORIA POLÍTICA... Até mesmo os adeptos do Imperialismo (Ou Monarquia Parlamentar) busca nos meandros separatistas sua própria evolução. Grupos de esquerda e de direita (como se entende no brasil) enxergam uma boa possibilidade de implementação ideológica, neste resvolucionário quadro em branco do separatismo.
Torna-se necessário, portanto, deixar bem claro e patentear nossa posição, que o Movimento Rio Grande Livre (rslivre) baseia-se em uma "verdade pré-estabelecida e incontestável", QUE PRECISA SER OBSERVADA por todos os grupos que, de uma forma ou de outra, a ele venham se juntar: A RAÍZ CULTURAL.
A natureza nos ensina: São as RAÍZES que mantém AS ÁRVORES em pé.
É a partir das RAÍZES PAMPEANAS, que surgiu o "tipo humano" GAÚCHO! E este é o diferencial da nossa, para com as demais culturas e etnias do mundo! Sem isso, sem essa diferenciação natural, não há motivo algum para "separar"... Porque os demais motivos aqui expostos são criações e concepções humanas, sujeitas a mudanças e variações conforme o tempo e lugar. Já a História e a Geografia Histórica, não mudam!
Segundo o grande filósofo e estadista suiço Johann Kaspar Bluntschli, "toda NAÇÃO é destinada a formar um ESTADO, tem o direito de se organizar em Estado"!
Hoje sabemos que o TIPO HUMANO Gaúcho rio-grandense forma uma "etnia cultural" singular, pré-requisito indispensável para se formar e ser considerada uma "Nação". Portanto, sem plasmarmos a CULTURA GAÚCHA como nossa verdadeira e única cultura, não podemos almejar nossa independência, seríamos uma "árvore sem raíz"!
É baseado na preservação de nossa cultura nacional, que é possível construirmos um novo país onde habita uma legítima nação, consequência natural de sua História. Essa é a premissa...
Com essa premissa básica podemos inferir que TODO O SEPARATISTA, obrigatoriamente, É CONSERVADOR!
Separatista, assim, é aquele que CONSERVA e ENALTECE sua "cultura raíz", em primeiro lugar. Para depois, num segundo momento, buscar a auto-determinação para seu povo.
O "Revolucionário" que despreza o passado do povo gaúcho, e busca construir um "novo" com novas idéias, distantes da realidade cultural deste povo, NÃO É SEPARATISTA GAÚCHO, mas um OPORTUNISTA, um "Separatista de Ocasião"! E seu mundo, sem base fática, vagueia entre o Paradoxo e o Mundo de Narnia.
É preciso deixar claro e estabelecido este ponto.
Incluindo o fato de que não é, absolutamente, necessário "viver da mesma forma que nossos ancestrais" para ser gaúcho separatista. Basta observá-la, senti-la, entendê-la, enaltecê-la e prestigiá-la em suas manifestações. basta sentir e se orgulhar desta nossa cultura tão bela e caracteristica.
Então, resumindo:
1. Todo Separatista é Conservador;
2. A História do povo e da Cultura Gaúcha, é a nossa raíz;
3. O separatista que não enaltece e preserva nossa cultura, é oportunista;
4. "Ser gaúcho" é uma alma, um sentimento, um espírito, um orgulho de pertencer, não é exatamente "viver como nossos antepassados", mas lembrá-los e orgulhar-se de seus feitos!
O Separatismo esta "na alma" do Gaúcho, basta despertarmos!
Romualdo Negreiros
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