Em uma apresentação do RSLivre num dos colégios mais conhecidos de Porto Alegre, em certo momento, levado pela empolgação ao enfatizar as nossas pesquisas falei inadvertidamente que bucávamos a nossa VERDADEIRA HISTÓRIA! Um dos professores logo apartou, com polidez. Referindo-se a uma expedição feita por ele às terras amazônicas, encontrou uma tribo de índios civilizados, que desenvolviam até a escrita. Surpreenderam-se todos os expedicionários quando os índios lhes mostraram dois livros, igualmente bem feitos e encadernados, sendo que um continha a História daquela tribo contada pelos descobridores portugueses, e o outro a mesma História contada pelos próprios índios... Dois livros, uma só verdade!
Isto significa que até mesmo A VERDADE É RELATIVA.
Os mesmos fatos, as mesmas guerras, as mesmas ações e reações, são vistas e escritas (E conseqüentemente ensinadas às próximas gerações) de formas diferentes por povos diferentes.
Este é o centro da busca que iniciamos, que vai nos nortear no trabalho grandioso que vamos desenvolver no Grupo de Estudos História. Não vamos contar a verdadeira história do Rio Grande, mas a NOSSA VERDADEIRA HISTÓRIA DO RIO GRANDE. Os mesmos fatos, mas com sentimento e importância diferentes.
Os historiadores brasileiros (mesmo os que nasceram no Rio Grande) “esqueceram” determinados fatos deveras importantes, diminuíram outros altamente relevantes, e também ativeram-se em detalhes que, para nós gaúchos, não têm importância nenhuma.
Haveremos de corrigir estas distorções, segundo o nosso ponto de vista.
Haveremos de dar o devido valor àqueles homens que sonharam com um país independente, a República Rio-Grandense, na certeza de que era o melhor para o nosso povo, e inscreveram com seu sangue no pé do brasão republicano: LIBERDADE, IGUALDADE E HUMANIDADE.
Haveremos de endemoniar aqueles que pensando com cobiça no gigantismo do continente brasílico, espezinharam sobre seu próprio povo, entregando-o à escravidão imperial, como facilmente vemos certos Deputados e Senadores fazendo hoje!
Assim a nossa “verdadeira” história há de construir uma base que os gaúchos podem se espelhar e se orgulhar com verdadeiro espírito nacional. Se o Rio Grande é nosso país, GAÚCHA é a nossa nação!
Romualdo Negreiros
Coord. GE’s RSLivre
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